FÉ – Parte 3 (FINAL)
Quanto mais fé, menos religião
Procurar
explicações sobre atos de fé ou sobre milagres te deixará fatigado e sem
respostas. Fé não se explica, é minha, é sua, é vivida por cada um de maneira
diferente. Quando somos tomados por um desejo incontrolável de realizar algo
que supostamente é impossível de ser alcançado por meios ‘comuns’,
qualquer pessoa vai rogar a intercessão ou ajuda de uma força
sobrenatural, não palpável. Alguns chamam de Deus, outros de Deuses,
Jeová, Javé, Alá, Shiva, Brahma, Vishnu, Zeus e outros ainda de
Força Maior, Ser Superior, na verdade nomear o inominável, invisível, indescritível
e o onipresente só nos aproxima um pouco mais dessa “entidade”, porém para
ouvir e sentir que a ajuda sobrenatural pode chegar é preciso,
sobretudo, acreditar.
Em dias de
tantas maldades rodeando a humanidade, há os
que acreditam os que são céticos, e os que não acreditam.
Nada pode ser visto como verdade absoluta, ninguém pode ser julgado ou
julgar por ter ou não algum tipo de crença, afinal cada ser humano é único
e possui suas razões e marcas que o fazem percorrer seu caminho de maneira
particular, acreditando ou não em algo maior, um ser superior, fugindo do
entendimento comum, tendo ou não fé.
Duvidar e
questionar estão dentro das limitações do humano. É como um filho que aos
13 anos quer dirigir o carro do pai, ainda não tem idade e por isso
não receberá as chaves do carro, mas, tão logo possa guiar um
automóvel dentro das leis vigentes, terá a recompensa. Pede-se, mas,
julga-se a fé quando o ‘milagre’ está demorando, esbraveja-se por vezes, ao
imaginar que não se é digno ou que não é ouvido, é exatamente aqui que se percebe que a fé é muito particular.
No relato descrito
na Parte 1, nota-se que por algumas vezes, ainda que acreditar fosse
desgastante emocionalmente, o fato do querer muito ter um bebê, um
fruto do amor vivido, reacendeu incessantemente a fé no coração daquela mulher,
ora, se a medicina já cravou um diagnóstico e desesperançou
seu coração, somente pela fé era possível continuar na firme esperança de
que o sonho se realizaria. Não se trata de uma história comum, trata-se de
um milagre alcançado pela fé, pela confiança no invisível aos olhos.
Acredite e
verá!
Fé é também movida
pela alavanca da esperança de que os dias podem ser melhores, se acreditar
te fará caminhar, ainda que amparado de muletas, então não há problemas
em usá-las.
É fato que,
sobretudo nas dificuldades a fé se mostra mais presente, as dificuldades
estão por toda a parte, acreditar, sem dúvida, nos torna mais forte e
confiante para enfrentá-las. Quem crê sabe que não é órfão, tem em quem
confiar, acredita, espera e milagrosamente alcança.
Não é fácil
acreditar, em um mundo devastado por tantos acontecimentos ruins a desesperança
é mais comum do que parece, vemos as igrejas, templos e casas de oração se
esvaziando por aparentemente não ser possível ver ‘melhoras na humanidade’, mas
onde enfiamos a nossa culpa? Porque não fazemos mais como economizar água ou
reciclar o lixo, por exemplo? É preciso lembrar que ações geram reações, pedir,
acreditar é importante, mas arregaçar as mangas e construir um mundo
melhor é uma forma de ter fé no futuro.
Ainda que você
seja ensinado pelos seus pais, avós a seguir uma religião, se sua crença no
sobrenatural for duvidosa você não poderá sentir os benefícios físicos e
materiais que a fé pode trazer. Não se trata aqui em pedir em oração para ficar
rico. Longe disso. O que se recebe desse CRER NO IMPOSSÍVEL transcende
qualquer bem, como reflete a mulher da história principal ao receber todos os
dias o AMOR PALPÁVEL em forma de abraço do seu filho.
Vale a pena
acreditar!
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