Doce Natal
“Aquele que tem caridade no coração tem sempre qualquer coisa para dar” (Santo Agostinho) O dia de verão um tanto cinzento não tirou o brilho dos olhos e a emoção dos corações envolvidos na ação de natal planejada há poucos meses por pessoas comuns movidas pela caridade e pela vontade de doar um pouco a quem nada tem. A arrecadação era de doces, destes que adoçam e por vezes acalmam vidas amarguradas, nem que por instantes ao menos. A colaboração foi impressionante e tudo foi transformado em saquinhos recheados de guloseimas gerando centenas de sorrisos e alegria pelas ruas da periferia do Capão Redondo. O que move pessoas comuns a serem caridosas? Religião, amor, espírito natalino? Sim e não. A caridade brota do desejo de ser melhor, de fazer melhor, de olhar para trás e para dentro. Quando a carreata (três carros particulares destas pessoas comuns) iniciou o seu trajeto, por ruas, becos,vielas e favelas, cada um dos ocupantes carregava em si ansiedade e euforia difíc