UMA “OUTRA LIGA”, UM OUTRO CAPÃO
O Programa A Liga deste começo de Agosto, não apresentou o verdadeiro Capão Redondo, as resposáveis por esse blog não concordam com a pauta proposta, assim como inúmeras outras pessoas moradoras deste bairro.
Marcelo Macedo, grande amigo e morador do bairro, escreveu o texto abaixo e achei justo publicá-lo aqui!
Andrea Rodrigues
“A Liga”, programa da Band, apresentou nesta terça-feira, dia 03 de agosto, uma reportagem sobre o Capão Redondo. Reportagem “incompleta” e com foco "descalibrado".
As lentes, microfones e o roteiro do programa ignoraram outros componentes da “paisagem”, e de modo muito especial, perderam a oportunidade de anunciar que os maiores bandidos não estão aqui. Assistam ao Jornal Nacional e saberão onde estão.
Ressalte-se: reportagem incompleta, mas verídica, com bons exemplos de luta e recuperação, mas há uma “outra liga” ou “outro capão” a ser desbravado.
Seguem então outros componentes da “paisagem”:
1º - Somos um povo de fé. Venha conhecer o Capão e surpreenda-se com a quantidade de religiões, suas comunidades e fiéis;
2º - Somos um povo que compra. Venha conhecer o Capão e impressione-se com a quantidade de opções. Refiro-me a lojas, mercados, feiras de rua (Só não venha sábado, porque o trânsito é infernal);
O bairro cresceu, virou um gigante, mas as colunas estruturais são extremamente frágeis. Refiro-me a falta de avenidas e falta de um metro. Apelo: estendam o metro Capão Redondo até as proximidades do Jardim Ângela e prolonguem a avenida Carlos Caldeira Filho já! Queremos mais qualidade de vida!
3º - Somos um povo trabalhador. Convido você a conhecer o nosso Terminal de Ônibus Capelinha, ou "Esperinha" pra que você se vislumbre com nossa “25 de março” (por conta do número de pessoas),
onde o principal objeto de compra é o direito de se locomover. Lá você verá milhares de pessoas acordando cedo, chegando tarde, ajudando a construir a riqueza desta cidade maravilhosa chamada São Paulo. Lá milhares de pessoas, apesar das enormes filas, aguardam, sem violência, seus respectivos ônibus.
4º Somos um povo ligado em saúde. Venha conhecer algumas de nossas inúmeras academias de educação física. Aproveite e venha correr conosco, ou simplesmente caminhar no “Parque Ibirapuera do Capão”, a saber: Parque Santo Dias (Viva Santo Dias!). Já que falei em saúde, segue o muito obrigado aos profissionais de saúde, especialmente aqueles que parecem “missionários”, que visitam as casas das pessoas. Toda vez que vejo, a pé. Vocês são heróis! Mas não basta o povo ser ligado em saúde, o governo, através da saúde, deve se ligar no povo. É uma vida de mão dupla.
5º Somos um povo que estuda. Graças ao ProUni e preços mais justos por mensalidades em faculdades particulares, nos fazemos presentes nos bancos acadêmicos. O ProUni rende ao Capão Redondo vários nomes que dão orgulho e que darão mais respeitabilidade ao programa social.
Faltou “A Liga” a apontar de maneira clara, objetiva as soluções: Faculdade pública já! Hospital Público Já! Subprefeitura Capão Redondo já (somos 300 mil habitantes)! , Senai, SENAC, SESC já!
E se quiserem fazer o "Fielzão" aqui, que venham! Apesar de ser Santista, parafraseando João XXIII, acredito que o que nos une, é maior do o que nos separa, neste caso, o fator unitivo é o progresso da região.
Conclusão:
A desgraça da maconha, o flagelo do crack, a covardia do oxi, a alta taxa de juros cobradas por bancos para realização de necessidades (algumas vezes básicas) e a insuficiência de equipamentos para educação são verdadeiros anestésicos sociais, que somados a falta de oportunidade e estigmas recorrentemente fomentados pelos meios de comunicação, sufocam os sonhos, castram vontades, soterram com cal a esperança de inclusão social de muitas crianças, jovens e adultos, que no fundo não querem outra coisa que não os direitos universais de saúde, moradia, transporte e educação. O direito de buscar a felicidade, sorrir, comer, dormir em paz, ser incluído.
Como alguém disse: Quem não vira a página (algumas escritas com sangue), não merece ler o livro!
Capão, orgulho! Capão, coragem! Sem luta não há vitória! Vamos em frente!
Se amar é conhecer, posso dizer: Te amo Capão!
As lentes, microfones e o roteiro do programa ignoraram outros componentes da “paisagem”, e de modo muito especial, perderam a oportunidade de anunciar que os maiores bandidos não estão aqui. Assistam ao Jornal Nacional e saberão onde estão.
Ressalte-se: reportagem incompleta, mas verídica, com bons exemplos de luta e recuperação, mas há uma “outra liga” ou “outro capão” a ser desbravado.
Seguem então outros componentes da “paisagem”:
1º - Somos um povo de fé. Venha conhecer o Capão e surpreenda-se com a quantidade de religiões, suas comunidades e fiéis;
2º - Somos um povo que compra. Venha conhecer o Capão e impressione-se com a quantidade de opções. Refiro-me a lojas, mercados, feiras de rua (Só não venha sábado, porque o trânsito é infernal);
O bairro cresceu, virou um gigante, mas as colunas estruturais são extremamente frágeis. Refiro-me a falta de avenidas e falta de um metro. Apelo: estendam o metro Capão Redondo até as proximidades do Jardim Ângela e prolonguem a avenida Carlos Caldeira Filho já! Queremos mais qualidade de vida!
3º - Somos um povo trabalhador. Convido você a conhecer o nosso Terminal de Ônibus Capelinha, ou "Esperinha" pra que você se vislumbre com nossa “25 de março” (por conta do número de pessoas),
onde o principal objeto de compra é o direito de se locomover. Lá você verá milhares de pessoas acordando cedo, chegando tarde, ajudando a construir a riqueza desta cidade maravilhosa chamada São Paulo. Lá milhares de pessoas, apesar das enormes filas, aguardam, sem violência, seus respectivos ônibus.
4º Somos um povo ligado em saúde. Venha conhecer algumas de nossas inúmeras academias de educação física. Aproveite e venha correr conosco, ou simplesmente caminhar no “Parque Ibirapuera do Capão”, a saber: Parque Santo Dias (Viva Santo Dias!). Já que falei em saúde, segue o muito obrigado aos profissionais de saúde, especialmente aqueles que parecem “missionários”, que visitam as casas das pessoas. Toda vez que vejo, a pé. Vocês são heróis! Mas não basta o povo ser ligado em saúde, o governo, através da saúde, deve se ligar no povo. É uma vida de mão dupla.
5º Somos um povo que estuda. Graças ao ProUni e preços mais justos por mensalidades em faculdades particulares, nos fazemos presentes nos bancos acadêmicos. O ProUni rende ao Capão Redondo vários nomes que dão orgulho e que darão mais respeitabilidade ao programa social.
Faltou “A Liga” a apontar de maneira clara, objetiva as soluções: Faculdade pública já! Hospital Público Já! Subprefeitura Capão Redondo já (somos 300 mil habitantes)! , Senai, SENAC, SESC já!
E se quiserem fazer o "Fielzão" aqui, que venham! Apesar de ser Santista, parafraseando João XXIII, acredito que o que nos une, é maior do o que nos separa, neste caso, o fator unitivo é o progresso da região.
Conclusão:
A desgraça da maconha, o flagelo do crack, a covardia do oxi, a alta taxa de juros cobradas por bancos para realização de necessidades (algumas vezes básicas) e a insuficiência de equipamentos para educação são verdadeiros anestésicos sociais, que somados a falta de oportunidade e estigmas recorrentemente fomentados pelos meios de comunicação, sufocam os sonhos, castram vontades, soterram com cal a esperança de inclusão social de muitas crianças, jovens e adultos, que no fundo não querem outra coisa que não os direitos universais de saúde, moradia, transporte e educação. O direito de buscar a felicidade, sorrir, comer, dormir em paz, ser incluído.
Como alguém disse: Quem não vira a página (algumas escritas com sangue), não merece ler o livro!
Capão, orgulho! Capão, coragem! Sem luta não há vitória! Vamos em frente!
Se amar é conhecer, posso dizer: Te amo Capão!
Marcelo Macedo de Oliveira, 34 anos no Capão, palestrante, professor, coordenador de negócios e grande amigo!
E-mail: marcelo.macedo.oliveira@gmail.com
Particularmente, eu gostei do programa exibido.
ResponderExcluirEntendo que, o que foi mostrado não reflete metade ou um terço das coisas que são boas no Capão, mas, também, não mostraram a fundo o que temos de ruim...
Sobre o Texto, acho perfeito e como é bom ler coisas que edificam, visões que as vezes esquecemos de externar e um poder de defesa há algo que é nosso.
Como falei na rede social,exigir Senai, Sesc e Senac é algo imprescidível para nossa realidade, assim como a Sub Prefeitura para cuidar melhor de nossa região.
Acredito que todo esse sentimento colacado para fora, com a matéria do programa "A LIGA" nos faça a dar valor as coisas que são nossa, como o Parque Santo Dias citado no texto, muitos, preferem pegar seu carro e fazerem suas caminhadas no Villa Lobos e no Ibirapuera,entre outros.
Que esse sentimento que tomou conta das redes sociais se tornem ações simples de valorização do local onde moramos...
Uma vez Capão sempre Capão.....
Abraços......
Boa tarde.
ResponderExcluirMuito bem gostei da reflexão vou colocar mais sal nesse tempero.
Na saúde esqueceram de verificar a seguinte cena: uma idosa de 84 anos ficou das 17:00 até ás 9:00 horas da manhã do dia seguinte sentada numa cadeira de roda no balão de Oxigenio,tomando soro na veia e sendo monitorada com aparelho que indica os sinais vitais com autorização de internação porque no hospital não havia nenhuma maca ou cama para esse paciente.A mesma veio há obito em seguida ás 9:46 minutos.
Isso não é um absurdo! Só que infelizmente esse lado não é mostrado.
Onde está o Estatuto do idoso e os direitos humanos?
Mais informações desse caso pelo e-mail nsedonata@ yahoo.com.br.