Teremos um novo encontro?

Compartilho o acontecido com todos vocês,
Parece mentira, mas não é! Acho que usando a imaginação virará um belo romance!
O dia amanheceu cinzento, a garoa parecia não cessar a medida que os minutos corriam no relógio. Despertei desejando poder ficar um pouco mais no meu amontoado de cobertores quentes e aconchegantes. Levantei esperando que o chuveiro esquentasse para que meus cabelos fossem agraciados com o perfume de um novo shampoo.

Me troquei rapidamente ainda escolhendo a roupa que eu desfilaria ao longo do dia. Ah o trajeto! Nesse eu já pensava mesmo antes de fechar o portão, que bateu atrás de mim com a força do vento antes que eu pudesse deter. Caminhei a passos lentos rumo ao ponto de ônibus e logo me acomodei em um dos bancos da parte de trás.

Estou lendo um lindo romance de Nicholas Sparks, “A última música” e como faço todas as vezes estou completamente envolvida na história, sonhando um dia em viver algo assim, tão lindo, tão real, consegui avançar na leitura graças ao tráfego pesado da manhã. Depois do trajeto do ônibus ainda tem o metro e duas locomotivas, até aqui nada de anormal.

Ao entrar no trem, na segundo vagão, na terceira porta, como não é difícil de imaginar, fui praticamente empurrada até parar em frente a uma pessoa. Um rapaz. Como isso acontece quase todos os dias não dei muita importância e tentei fazer o malabarismo necessário para abrir meu livro e continuar de onde havia parado, já que eu também estava segurando minha bolsa e o caderno do inglês.

Notei com o canto dos olhos que o moço me olhava, mas nem pensei em erguer o olhar. As pessoas foram descendo nas estações seguintes e o espaço entre nós crescia a medida em que isso acontecia, mas eu percebia sem olhá-lo diretamente que ele me fitava. Uns dois minutos antes da porta abrir tomei coragem, já havia me desconcentrado da leitura mesmo, e olhei para ele.

Branco, de estatura alta mais de 1,80 com certeza, cabelos devidamente penteados e estava de terno e gravata. Coincidência ou não desceríamos na mesma estação. Antes que eu pudesse me aproximar da porta ele pisou sorrateiramente no meu pé e como que inevitavelmente nos olhamos, ele piscou para mim de uma forma como eu há muito não recebia.

Senti algo que não consigo explicar. Desci e continuei minha viagem já que ainda iria andar em outra composição. Quando atravessei as passarelas em direção a próxima locomotiva, como que em um passe de mágica, ela apareceu na minha frente, não sei de onde ele surgiu tão depressa e quando o trem abriu a porta ele gentilmente fez menção para eu entrar primeiro.

Ele não disse uma só palavra mas continuou a me fitar. Quando cheguei ao meu destino que também e mais uma vez era o dele, senti que andava bem atrás de mim, percebia que vinha pelo meu lado esquerdo e enquanto eu esperava as pessoas mais apressadas passarem alguém trombou em mim. O livro e caderno que eu segurava caiu esparramando-se pelo chão, fiquei realmente brava por derrubarem o livro.

“Ele” então se abaixou no mesmo instante em que eu fiz isso, e segurou o livro no mesmo lugar em que minha mão estava, e disse apenas,” Alfredo, muito prazer e qual seu nome?”, disse ainda gaguejando Andrea. Levantei me recompondo e não mais consegui vê-lo, ele sumiu, desapareceu, como que uma mágica.

Comentários

  1. Amei o texto - Me fez lembrar o livro a garota das laranjas do Jostein Gaarder...
    Tomara que vc o encontre.

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  2. dizem que nada acontece por acaso tudo na vida tem uma razão de ser vc ainda o encontrara tenho certeza bjs marta

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  3. que lindo, estou torcendo para que tenha um final feliz...

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